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Foto: Marteen de Boer Fonte: Gettyimages

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ARQUIVO CADASTRADO:
4 de janeiro de 2024

ARQUIVO ATUALIZADO:
11 de janeiro de 2024

Sonia Braga

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Sonia Maria Campos Braga nasceu em Maringá, interior do Paraná, em 8 de junho de 1950. É a quinta filha de uma família de sete irmãos. Após o falecimento do pai, sua família perdeu quase tudo. Enquanto a mãe e os irmãos mais velhos trabalhavam, Sonia e a irmã, Maria, faziam a limpeza da casa. O primeiro convite para fazer televisão veio do diretor Vicente Sesso para representar uma princesa no programa infantil “Jardim Encantado”.

Sonia trabalhou como recepcionista e foi secretária em um Buffet. Conheceu o cabeleireiro Antonio Carlos que a indicou para um teste de modelo na revista Claudia. Não passou, mas conheceu duas pessoas que marcariam sua carreira: o cantor Ronnie Von, que a convidou para trabalhar em seu programa na TV “O pequeno mundo de Ronnie Von” (Sonia lia as cartas dos fãs do cantor) e José Rubens Siqueira, diretor teatral, que na época a dirigiu num curta-metragem, “Atenção, Perigo!”.

Pelas mãos de José Rubens, Sonia foi parar em Santo André, onde estreou aos 17 anos na peça “Jorge Dandin”. Já na capital, entrou no da primeira montagem brasileira do musical de maior sucesso na Inglaterra, “Hair”. No mesmo ano, o cineasta Rogério Sganzarla, escalou-a para o filme “O Bandido da Luz Vermelha”, em 1969. Fez sua estreia na televisão na novela “A Menina do Veleiro Azul”, na extinta TV Excelsior.

No começo da década de 1970, Sonia Braga participou dos filmes “A Moreninha” e “Cleo e Daniel” e da novela “Irmãos Coragem” (1970). Mas foi como Flávia em “Selva de Pedra” que Sonia começou a ser notada pelo público e pela crítica. Em 1974 conseguiu um bom papel em “Fogo Sobre Terra” e atuou em diversos especiais. Fez mais cinema (“Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil” e “Mestiça, a Escrava Indomável”) e participou do programa infantil-educativo “Vila Sésamo” (TV Cultura/TV Globo).

No final de 1974, a TV Globo buscava a atriz ideal para viver Gabriela, protagonista da novela baseada na obra de Jorge Amado. Após verem um vídeo da Sonia, a cúpula da Rede Globo concordou. Após a novela “Gabriela”, Sonia virou um dos maiores símbolo sexual do Brasil. No ano seguinte substituiu Débora Duarte na peça “A Teoria na Prática é Outra”, atuou no filme “O Casal”, com direção de Daniel Filho e foi escalada para o papel que a projetaria internacionalmente, Dona Flor, papel título da obra de Jorge Amado “Dona Flor e Seus Dois Maridos”.

Sonia Braga voltou a TV Globo no papel na novela “Saramandaia”, onde cantou a música tema de sua personagem “O Estopim”. De1977 para 1978, Sonia aparecia novamente na televisão, fazendo a Cíntia Levi em “Espelho Mágico”. Voltou aos cinemas no polêmico “A Dama do Lotação”, filme baseado na obra de Nelson Rodrigues. E no mesmo ano virou mania nacional como a ex-presidiária Julia Matos na novela “Dancin’ Days”.

Em 1980, Sonia voltou à TV sem os ares de mulher fatal, no papel de Gely, na novela “Chega Mais”. Mas nos cinemas continuou a seduzir com o filme “Eu Te amo”. Logo após a apresentação de “Eu Te Amo”, em 1981, no Festival de Cannes, o crítico de cinema da revista Newsweek, Jack Kroll, saúdo-a dizendo que Sonia era “algo inteiramente novo nas telas, a primeira atriz de verdade pós-Sofia Loren”. Elogiou ainda, sua beleza extraordinária, a veia cômica e a coragem sexual, “capaz de anular o Marlon Brando em ‘O Último Tango em Paris’”.

A primeira vez que Sonia foi para os Estados Unidos não foi em busca de emprego. Foi atendendo a um convite da Metro Goldem Mayer para filmar “Gabriela”. Sonia voltou a interpretar a personagem de Jorge Amado que a transformou em estrela no Brasil. Só que seu par romântico no filme agora era o italiano Marcelo Mastroiani.

Em 1984, com o filme “O Beijo da Mulher Aranha” (ao lado de William Hurt e Raul Julia), Sonia teve a possibilidade de encarar novos desafios e se dispôs a disputar o mercado internacional. Seus três curtos papéis em “O Beijo da Mulher Aranha” provocaram alguns suspiros entre a população masculina e as quatro indicações para o Oscar que o filme recebeu, ajudaram a aumentar as atenções sobre ela.

Em 1986, já nos Estados Unidos, apareceu no papel de professora de matemática do filho de Bill Cosby, em dois episódios do “The Cosby Show”, o programa do horário nobre de maior sucesso na televisão americana naquela época e, além disso, foi convidada para ser uma das apresentadoras na maior de todas essas festas, a entrega do Oscar. Sua presença no Dorothy Chandler Pavillion, diante de 1 bilhão de pessoas que assistiram à cerimônia no mundo inteiro pela televisão, foi muito breve, mas suficiente para lhe dar celebridade instantânea.

Com o lançamento do filme de Robert Redford, “Rebelião em Milagro”, Sonia começou a aparecer com mais frequência na televisão americana, falando sobre tudo, de política, amor e sexo. Ao lado de Richard Dreyfous e Raul Julia voltou ao Brasil para filmar “Luar Sobre Parador”. O filme, com direção de Paul Mazuzki, contava a história de um ator que é contratado para substituir um ditador. Sonia fazia o papel da amante do ditador e graças a este papel recebeu uma indicação ao Globo de Ouro.

Seguiram-se papéis em filmes como “A Última Prostituta”, “Mil Elos, O Preço da Liberdade” e “Rookie, Um profissional em Perigo”. Em 1991, receber convites para campanhas publicitárias, entre elas, do cartão American Express, em fotos de Annie Leibowitz, nos quais ela foi fotografada no deserto do Saara.

Sonia Braga voltou para o Brasil para fazer “Tieta”. O filme contou com a direção de Cacá Diegues, música composta por Caetano Veloso e cantada por Gal Costa, o resultado não poderia ser outro, a superprodução nacional foi um sucesso.

Em 1999 Fez uma pequena participação na novela de Gilberto Braga, “Força de um Desejo” e, ainda no Brasil, deu uma passagem no cinema nacional, fazendo um pequeno papel em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.

Nos Estados Unidos, Sonia Braga pode ser vista nas telas do cinema em “Olhar de Anjo”. Desta vez como mãe da atriz e cantora Jennifer Lopes. Sonia trabalhou na terceira parte da trilogia “Um Drink no Inferno 3, a Filha do Carrasco”. No filme, produzido por Quentin Tarantino, Sonia era uma vampira. Na TV, fez a amante de Kim Catral na série “Sex and the City”.

Com uma carreira já consolidada no cinema e na Tv, Sonia Braga volta a fazer uma novela inteira no Brasil, após 26 anos sem atuar na televisão nacional. Em “Páginas da Vida” Sonia foi Tônia Werneck, escultora de muito sucesso no exterior que volta para o Brasil para fazer sua primeira exposição no país.

Com o término das gravações de “Páginas da Vida”, Sonia Braga foi contratada como um dos nomes de peso da adaptação do seriado americano “Desperate Housewives”. Na série Sonia era Alice Monteiro, que se mata no primeiro episódio e passa a narrar a história das amigas. No final de 2008 foi para os Estados Unidos gravar “Matemática do Amor” ao lado da atriz Jessica Alba. O filme foi lançado e meados de 2010.

Em 2012 volta a prestigiar o cinema nacional, participando do curta metragem “Feijoada Completa” e do segmento “Kreuko” do longa “Mundo invisível”. De volta aos Estados Unidos, protagonizou o filme “Mamãe Casamenteira”, feito para o canal Hallmark. Em 2016, volta ao Brasil à convite de Kleber Mendonça Filho para filmar “Aquarius”. O filme foi aclamado pela crítica internacional. Sonia foi ovacionada quando o filme foi apresentado no festival de Cannes. Sonia Braga ganhou os prêmios de Melhor Atriz nos festivais de Biarritz, Mar del Plata, Lima e Havana e o Prêmio Fênix, que homenageia artistas da América Latina, Espanha e Portugal e o prêmio Platino do Cinema Iberoamericano de Melhor interpretação Feminina. Ainda em 2016, a atriz recebeu o troféu Oscarito, no 44º Festival de Cinema de Gramado. Quem entregou o prêmio foi o cineasta Bruno Barreto, que a dirigiu em “Dona Flor e Seus Dois Maridos”.

No ano de 2019, outra parceria com Kleber Mendonça Filho, atuou no filme “Bacurau” filme aclamado pela crítica nacional e internacional. Em 2020 Sonia Braga teve seu nome na lista dos 25 melhores artistas de cinema do século 21 do New York Times, por sua atuação nos filmes “Aquarius” e “Bacurau”.

Sonia Braga in: CDB: Catálogo da Dramaturgia Brasileira. Niterói, RJ: 2024. Disponível em: https://dramaturgiabrasileira.com.br/personalidades/sonia-braga/. Acesso em: 11 de janeiro de 2024.

Como citar:

Sonia Braga in: CDB - Catálogo da Dramaturgia Brasileira. Niterói, RJ: 2024. Disponível em: https://dramaturgiabrasileira.com.br/personalidades/sonia-braga/. Acesso em: 11 de janeiro de 2024.

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